Iniciativa, ainda experimental, tem objetivo de reduzir número de crimes

Fonte por Vera Araújo para Jornal O Globo

Policiais Militares de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dos morros da Grande Tijuca estão agora patrulhando também o asfalto. A ampliação do trabalho dos PMs faz parte do projeto de reestruturação das UPPs e também é uma tentativa da corporação de reduzir as estatísticas de criminalidade da região. O roubo de carros é um dos crimes que teve crescimento na área do 6º BPM (Tijuca): eles pularam de 50, em abril do ano passado, para 72, no mesmo período deste ano — um aumento de 44%.

Desde quarta-feira, policiais de UPPs da Tijuca reforçam operações realizadas pelo 6º BPM. Segundo a Polícia Militar, a iniciativa é uma experiência-modelo de “unir forças” para reduzir a violência. Segundo o comandante do 6º BPM, tenente-coronel João Jacques Soares Busnello, além de seu quartel, mais cinco UPPs da Grande Tijuca — localizadas nos morros do Borel, da Formiga, do Salgueiro, do Andaraí e dos Macacos — cederam pessoal.

— Os mesmos criminosos que atacam no asfalto agem nas comunidades. É um projeto que teve início na última quarta-feira e que prosseguirá até o próximo domingo. A medida está sendo analisada e faz parte do estudo de reestruturação das UPPs — explicou Busnello.

Segundo ele, já no primeiro dia, houve um resultado positivo. Foi detido um jovem que roubava veículos na região.

— Com o reforço das UPPs, é possível ainda reduzir a sensação de insegurança dos moradores — disse o comandante.

A iniciativa mereceu elogios do presidente da Associação Comercial e Industrial da Tijuca, Jaime Miranda, que diz que a mudança pode ser uma saída para a falta de policiais:

— O efetivo existe, mas foi espalhado entre as UPPs. Com a crise, esse reforço pode ser uma boa solução para o problema da violência. Aliás, já está provado que a integração entre as polícias e outros órgãos só traz benefícios.

Para especialistas ouvidos pelo Jornal, a decisão da corporação pode ser o fim das UPPs. Silvia Ramos, cientista social do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da Universidade Candido Mendes, por exemplo, diz que a medida é preocupante:

— Sabemos que os comandantes de batalhão querem atingir metas. Essa medida pode vir a se tornar um indício grave de que o fim das UPPs está chegando. É muito ruim que o projeto de reestruturação das UPPs comece a se dar dessa forma.

Na opinião do sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, a ação desvirtua o projeto das UPPs.

— Já houve uma tentativa de criar um batalhão de polícia de proximidade na Tijuca. O objetivo era tentar encontrar um modelo de proximidade, como o das UPPs, também no asfalto. Mas isso não avançou. Essa tentativa agora soa como uma improvisação — disse Cano.

Atualmente, há 38 UPPs instaladas em favelas da Região Metropolitana, com 9.543 PMs.

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