O esgoto a “céu aberto” e o irregular fornecimento de água já sinalizam quão diferente é a realidade nas Comunidades Tijucanas.
A Vigilância Sanitária não é uma prioridade nas favelas.
Por Jaime Miranda – Associação Nova Tijuca
Aliás, muito pouca coisa é prioridade para o poder público, nas comunidades.
Os moradores reverteram a lógica é se reinventaram na busca por soluções.
Essa pandemia escancarou as diferenças entre favelas e “asfalto” e o descaso de mais de um século.
A vigilância sanitária nas comunidades ainda está no inicio do século XX. Isso é inadmissível inconcebível e muito pouco inteligente.
A pandemia esfregou isso na cara de quem não quer ver.
Não é só por empatia que o “asfalto” deve ser preocupar com essa diferença. É também por necessidade. Todos os Tijucanos (comunidade e “asfalto”) são diretamente atingidos com a falta de sensibilidade e imaturidade do poder público.
No Novo Normal o apoio à ciência vai, necessariamente, demandar maior atenção e investimento do Estado. Investir na Vigilância Sanitária é investir na prevenção e, de uma vez por todas, como uma política de Estado.
O poder público não verá as comunidades como problema e sim como solução.
Investir nas favelas Tijucanas trará resultados relevantes na segurança, na saúde (aonde a tuberculose e até 5 X Maior que a média nacional), na educação (melhorando as condições de aprendizados dos jovens e oferecendo oportunidades) e etc.
Reurbanizar e tornar plenamente habitável. Esse deve ser o objetivo.
Como consumidores os Tijucanos das favelas são muito mais fiéis que os moradores do “asfalto”. Consomem quase que exclusivamente no comercio Tijucano (incluindo Shoppings e Supermercados). Os moradores do “asfalto” consomem em outros bairros, cidades, Estados e até outros países.
Sendo trabalhadores é interessante que possam ter mais oportunidades no mercado de trabalho da Grande Tijuca e bairros vizinhos.
Não voltará a ser como antes, mas pode ser melhor do que era!