Profissionais de saúde e pacientes promoveram o ato nesta terça-feira

Fonte por Pedro Zuazo para Jornal O Globo

Médicos, enfermeiros e pacientes deram um abraço simbólico no Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira, em um ato contra o desmonte da unidade. De acordo com o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), até o fim do ano se encerram todos os contratos temporários, que contemplam 45% dos profissionais do hospital, e não há previsão de renovação dos contratos, tampouco da realização de concursos.

Além da perda de profissionais, a unidade sofre com a falta de manutenção. Há duas semanas, houve um pique de luz e os geradores não funcionaram, pondo pacientes em risco. Na última terça-feira, um princípio de incêndio na rede elétrica fechou o setor de emergência. Oito pacientes, que estavam entubados, precisaram ser transferidos às pressas para outros setores.

Um aviso colado na recepção do Hospital do Andaraí explica que o atendimento na emergência permanecerá “suspenso, temporariamente, até que sejam emitidos laudos técnicos do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ)”. O cartaz orienta os passageiros a buscarem a UPA da Tijuca, o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, ou o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro.

— Esse hospital sofre um processo de desmonte. Profissionais de saúde estão perdendo seus contratos temporários de 10, 11 anos, e os estatutários mais antigos estão se aposentando. Não há interesse da parte do Ministério da Saúde em renovar esses contratos, que representam 45% do quadro de profissionais. Até o fim do ano, terminam todos os contratos — alerta Nelson Nahon, presidente do Cremerj.

A emergência não é o único lugar que teve o atendimento suspenso. A enfermaria de cardiologia da unidade também foi fechada e o Centro de Queimados, que é tido como referência nacional, também está ameaçado.

— Se saírem mais dois médicos no próximo mês, o Centro de Queimados fecha as portas. É um dos poucos do Rio que presta esse tipo de atendimento, e atende o estado todo. As autoridades estão se lixando — desabafa Roberto Portes, chefe do Centro de Queimados do Hospital do Andaraí:

— Os moradores do Andaraí, Borel, Formiga, Morro dos Macacos e várias outras comunidades estão desassistidos. Com essa emergência fechada, os outros hospitais, que já estão sobrecarregados, vão ficar caóticos. Isso é massacrante.

A promotora de vendas Monique Chaga, de 31 anos, foi a hospital na manhã desta terça-feira após sofrer uma queimadura no braço direito em um acidente doméstico:

— Só fui atendida porque para tratar de queimaduras ainda tem médico. Mas vi setores fechados. Lá dentro. Parece até abandonado.

De acordo com o Cremerj, outras unidades federais sofrem problemas semelhantes.

— O Instituto Nacional de Cardiologia recebeu uma ordem de redução de 30% do custeio. Isso se reflete numa redução nos procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos. Bonsucesso tem uma emergência de lata e já perdeu 25 médicos — diz Nelson Nahon: — Estão estrangulando as unidades para fechar.

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