Helena Perdida – Foto: Aline Macedo

Política, poder, dinheiro e o Rio de Janeiro entram em cena

Helena Perdida narra a história de um megaevento no alto de uma idílica cobertura carioca, onde a sexta mulher mais poderosa do mundo decide os rumos de toda uma cidade entre um canapé e outro: das passagens de ônibus às ações de segurança pública.

Helena tem sob seu comando uma holding que controla diversos setores da economia. Diante de um mundo em transformação, que ela se recusa a aceitar, abre sua casa para políticos, empresários, juízes e generais, oferecendo uma festa pra fechar negócios, travar alianças e fazer pactos. Um grande acordo nacional com tudo. Helena Perdida é uma fábula sobre o poder.

A realização desse espetáculo é a terceira parte de um ciclo de pesquisa iniciado em abril de 2017 e que se dispôs a pensar o impacto social, político e cultural dos grandes eventos esportivos realizados na cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos, a partir de seus preparativos e, por tabela, seus desdobramentos. Essa pesquisa gerou, além de uma série de ações performativas pelo espaço urbano, a criação da cena curta A Grande Festa, uma cena de 15 minutos que veio a ser o gérmen de Helena Perdida.

A Grande Festa foi criada especialmente para integrar a mostra Que Legado, que mobilizou centenas de artistas da cidade durante o ano de 2017. Tamanho seu poder de agregação que a mostra foi indicada ao Prêmio Shell 2017 na categoria Inovação. A Grande Festa também foi apresentada em diferentes espaços da cidade, e também integrou a programação de alguns festivais de cenas curtas, tendo sido premiada como a melhor cena no 2º Festival de Cenas Curtas do Zimba, que também concedeu o prêmio de melhor direção a Rafael Souza-Ribeiro. Já no 10º Festival de Cenas Curtas de Niterói, Paula Valente foi agraciada com o troféu de melhor atriz.

 

Paula e Rafael se conheceram no ano 2000 quando eram alunos do curso de Direção Teatral da UFRJ e em todos os trabalhos que criaram juntos desde então sempre se voltaram para a cidade: seus mistérios, lendas, dramas e causos. Fora isso, ambos acreditam no teatro enquanto espaço de observação e transformação, um verdadeiro campo político. Helena Perdida é mais um passo nessa direção, além de surgir como uma celebração desta trajetória. Paula estará em cena dirigida por Rafael, que também assina a dramaturgia. A peça conta ainda com o talento e a parceria de Rubi Schumacher, Verônica Carvalho, Aline Macedo, Ludmila Valente, Paulo Denizot, Arthur Ferreira e Eber Inácio.

Ficha Técnica
Texto e Direção: Rafael Souza-Ribeiro
Elenco: Paula Valente
Figurino: Juli Videla
Adereços: Eber Inácio
Escultura: Alexandre Martins
Iluminação: Paulo Denizot
Trilha Sonora: Arthur Ferreira
Visagismo: Vê Carvalho
Fotos: Aline Macedo
Arte Gráfica: Ludmila Valente
Produção: Curiosa Cultural _ Rubi Schumacher
Realização: Paula Valente e Rafael Souza-Ribeiro

Serviço
Teatro Municipal Ziembinski
5 a 27 de maio de 2018
sábado às 20h e domingo às 19h
Valor do Ingresso: R$40 inteira | R$20 meia
Duração: 50 min
Gênero: Drama Tropical
Ingressos à venda na bilheteria de quinta a domingo das 14h15 às 21h e no site https://ticketmais.com.br/evento/view/26173/helena-perdida

Classificação: 12 anos