Rio Joana, que corta a Avenida Maxwell e Maracanã – Roberto Moreyra / Agência O Globo

Medição foi feita em março de 2017 e fevereiro de 2018

Por O Globo

No primeiro dia do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília, um estudo lançado pela ONG SOS Mata Atlântica revela dados preocupantes. De acordo com o levantamento, feito entre março de 2017 e fevereiro desde ano, o Rio é a cidade com os piores índices de qualidade de água da bacia da Mata Atlântica do país. Dos 12 pontos em rios urbanos que foram monitorados – Pavuna, Joana, Cabuçu, das Pedras, Tijuca, Catarino e Cascata -, seis estão em qualidade péssima. Nos outros seis, a qualidade apresentada foi ruim.

De acordo com os dados, a condição está no limite dos padrões definidos na legislação para usos menos restritivos, como recreação, navegação, irrigação e abastecimento público mediante tratamento avançado. Em comparação com o ano anterior (medições feitas entre março de 2016 e fevereiro de 2017), houve ainda uma piora no cenário. Ainda segundo o estudo, os índices de qualidade ruim saltaram de 28,6% para 57,1%, e os pontos com qualidade regular caíram de 71,4% para 42,9%.

Em todo o país, 20,4% dos pontos analisados apresentaram qualidade de água péssima e ruim obtida, o que significa que 45 rios estão indisponíveis – com água imprópria para usos – por conta da poluição e da precária condição ambiental das suas bacias hidrográficas.