Projeto Tagarela reunirá representantes de 16 países na Copa do Mundo da Poesia – Patrícia Blasón / Divulgação

Evento, que terá vencedor definido pelo público, reunirá poetas que representarão de oito a 16 países

Por O Globo

Na próxima quarta-feira, véspera da abertura da Copa do Mundo, a Estátua do Bellini, em frente ao Maracanã, será palco de uma competição entre pelo menos oito poetas (o número poderá chegar a 16 durante competição), que vestirão a camisa de diferentes países em busca do título, mas a batalha não será travada no campo, e sim em versos. A partir das 18h, o público poderá ver, e participar, da terceira etapa do slam de poesias “Tagarela”, que surgiu após as manifestações de 2013 como uma forma de ocupação de espaços públicos na cidade.

Os poetas de rua, cada um usando as cores de uma seleção para dar voz ao país escolhido, independente de ele estar ou não na Copa, vêm se enfrentar no melhor formato mata-mata, e caberá ao público escolher o vencedor. Os temas apresentados são livres, com versos que podem ir da poesia de protesto à romântica, como ressalta o professor de Ciências Sociais e poeta Paulo Emílio Azevedo, idealizador do projeto. No lugar da bola, destaca, ganham espaço os megafones, e leva a melhor quem souber cativar o público.

— Na época das manifestações de 2013, a ocupação dos espaços públicos foi um tema muito em voga, e os megafones eram um símbolo dos protestos. Em setembro daquele ano, fundamos o projeto Tagarela. Nosso evento não tem o esporte como temática, mas aproveitamos a proximidade da Copa para promover nosso próprio Mundial, onde cada poeta representará as cores do seu país. É um manifesto contra a burocracia que se opõe à ocupação das nossas ruas e praças — resume.