Um dos talentos que passaram pela escolinha foi o campeão olímpico Bruno Schmidt.

O projeto social é gratuito e oferece aulas para crianças a partir de oito anos, adolescentes e adultos.

 

A Praça Celso da Rocha Miranda, na Tijuca, tornou-se um polo do vôlei de praia no Rio de Janeiro e uma referência para as escolinhas da modalidade no país. Isso porque é ali que funciona a Escolinha Bernard de Vôlei de Praia, um projeto social gratuito que oferece aulas para crianças a partir de oito anos, adolescentes e adultos.

A ideia da escolinha é utilizar o esporte para ensinar conceitos básicos para as crianças, como ética, postura, respeito e pontualidade com o horário das aulas. Ao mesmo tempo, aqueles que se destacam são convidados para um trabalho especial, voltado para a formação de equipes de alto rendimento. Esses times participam do circuito carioca e do campeonato brasileiro de vôlei de praia.

Um dos talentos que passaram pela escolinha, que começou a funcionar na praça em 1999, foi o campeão olímpico Bruno Schmidt.

“A escolinha surgiu a partir da necessidade de trazer a prática esportiva para a Tijuca. Criamos condições para a molecada praticar um esporte que era quase impossível de jogar na Zona Norte”, explica o professor Fernando Duarte, que comanda as atividades.

Para manter o trabalho de formação de jovens atletas, a Escolinha Bernard de Vôlei de Praia tem uma parceria com o poder público municipal. É que, desde 1988, a Prefeitura do Rio adota uma política diferente em relação à gestão ambiental na cidade. Através do programa “Adote uma área verde”, qualquer pessoa física ou jurídica pode adotar desde uma simples árvore até uma praça, ou ainda uma Área de Proteção Ambiental (APA) inteira. A iniciativa, liderada pela Fundação Parques e Jardins (FPJ), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma), é responsável pela adoção de 169 áreas no Rio de Janeiro, entre parques, praças, largos canteiros, monumentos, chafarizes e árvores.

“A diferença do programa de adoção de áreas verdes é que ele trata de gestão compartilhada com a sociedade, de modo que o cidadão que ama a cidade do Rio de Janeiro possa cuidar de uma área da cidade. Isso gera economia para o poder público e uma melhor zeladoria em todo o município”, afirma Jorge Felippe Neto, secretário da Seconserma.

A FPJ mantém uma esquipe dedicada exclusivamente ao programa, que é responsável por acompanhar e fiscalizar os processos de adoção, assim como elaborar projetos para requalificar os espaços adotados, caso o adotante queira propor alterações paisagísticas na área. Além disso, o grupo faz a captação de futuros adotantes.

Para adotar um espaço público, o interessado deve preencher um formulário disponível no site da Fundação Parques e Jardins e enviá-lo para o e-mail fpj_adote@rio.rj.gov.br, sem esquecer de anexar os documentos pessoais. Depois de autorizado o processo, é feita a assinatura do termo de adoção.