Eventos lota área que era esquecida. Neste sábado teve samba e no próximo dia 11 de julho terá mais.

O cantor e compositor Toninho Geraes (centro) canta durante o Bandeira do Samba. Evento se tornou fixo após sucesso de público. Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
O cantor e compositor Toninho Geraes (centro) canta durante o Bandeira do Samba. Foto: Maíra Coelho/Agência O Dia

Fonte: Por Helio Almeida para o Jornal O Dia.

A revitalização da Praça da Bandeira ganhou forma, cores e sons com os recentes eventos culturais no local, esquecido até poucos meses. Ontem foi a vez do projeto Bandeira do Samba alegrar a região com as composições de grandes nomes como Cartola, Candeia e Paulinho da Viola. O pagode se soma a outras festas já agendadas, que ajudam a consolidar o espaço como um polo para diversão gratuita na Zona Norte do Rio.

Na primeira edição do Bandeira do Samba, no último dia 13, 500 pessoas estiveram na praça. O sucesso de público se repetiu ontem, mesmo com o jogo entre Brasil e Paraguai. Os organizadores gostaram da aprovação e tornaram o evento fixo, com sábados alternados. A terceira edição do samba acontece no próximo dia 11.”A gente procurava um lugar aberto para fazer a roda de samba, até que pensamos na Praça da Bandeira”, conta Dudu Ferreira, um dos organizadores do Bandeira do Samba. Ele tem a constante participação do cantor e compositor Toninho Geraes. “Ele sugeriu o nome do evento, que é uma alusão ao local e à música do Benito Di Paula”, disse Dudu.

A primeira edição do evento contou com a presença do subprefeito da Grande Tijuca, Marcio Ribeiro, que vem aprovando as iniciativas que acontecem na praça.

 

A gente apoia a ocupação com cultura de qualidade. Os moradores, que no início estavam receosos, estão utilizando o espaço com maior frequência.
Relata Ribeiro.

 

Já foram feitas seis festas desde a obra do reservatório de controle de enchentes, para evitar constantes alagamentos, e outros seis grupos já entraram com pedido na Subprefeitura da Grande Tijuca para ocupar a área com festas — todas gratuitas.

Moradores também veem com bons olhos a ocupação da praça por movimentos de cultura. “Eu não usava a praça porque ela era abandonada, sem iluminação e com usuários de droga”, conta Elizabeth Polli, de 63 anos, moradora da Rua do Matoso.

Os comerciantes gostaram da movimentação na região, e esperam que o público que frequenta os eventos, mas que moram em outros lugares conheça o comércio do entorno. “Essa revitalização é importante porque traz segurança e mais clientes, assim eu espero”, pontua Antônio Silva, gerente do Galeto Bandeira.

Os moradores da região também utilizam o espaço para atividades de lazer. Há pista para caminhar, espaço para skate com obstáculos, anfiteatro para apresentações, equipamentos da academia da terceira idade e mesas de dama. Para aumentar a segurança, a subprefeitura instalou uma cerca, de um metro de altura, no entornou da praça, para estimular o uso da passarela.

Roda de samba: eventos não passam das 22h e moradores aprovam Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
Roda de samba: moradores aprovam eventos que não passam das 22h. Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

 

Festa na região tem que terminar antes das 22h.

O dia 11 de abril marca o início da ocupação cultural da Praça da Bandeira. A data reuniu os DJs de três festas cariocas — Disritmia, Retropicália e Cadê Tereza? — que ocuparam o espaço recém-inaugurado. No repertório, sucessos da música brasileira, além de uma homenagem a tijucanos ilustres, como Tim Maia e Jorge Ben Jor. Os movimentos que organizaram foram o evento foi Manifesta ‘Ocupa Tijuca’ e ‘Você Praça Eu Acho Graça’.

A festa começou de tarde e teve hora para terminar. Para conseguir a liberação do espaço para algum evento cultural, além de outros requisitos, é preciso que o encontro seja no máximo até às 22h. “Se for um evento que termine cedo, nós vamos apoiar. Precisamos andar de mãos dadas com os moradores”, disse o subprefeito da Grande Tijuca, Marcio Ribeiro.

O gestor vem se reunindo com moradores para listar as demandas da população. Nesses encontros ele descobriu que os moradores estavam receosos em frequentar a praça por causa da via expressa. A solução encontrada foi a instalação da grade. Para não ficar muito visível, foi utilizada uma cerca fina, vazada, verde.

 

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