Para desviar dos postes, os moradores da Rua Barão de Mesquita dividem pista com carros e ônibus

Fonte: Por Thayanne Porto sob supervisão de Marta paes para Jornal O Globo

No poema de Carlos Drummond de Andrade, o empecilho no meio do caminho é uma pedra. Para os moradores da Rua Barão de Mesquita, uma das principais vias da Tijuca, são os postes que dificultam o vaivém. Em diversos trechos, os pilares estão no meio de calçadas estreitas e, para driblá-los, os pedestres muitas vezes se arriscam no meio da rua.

— Não temos outra alternativa para contornar o poste. E isso é perigoso, porque muitos carros passam em alta velocidade — conta a professora Sheila Salomão, moradora do bairro.

Em frente ao Batalhão do Exército, são pelo menos quatro postes atrapalhando o caminho. Na altura do Sesc, são dois em um espaço de 50 metros. A dificuldade é ainda maior para quem passa com cadeira de rodas ou carrinho de bebê. É o caso de Daniele Santana, quando leva o filho Pedro, de 1 ano e 9 meses, para a creche. Na calçada estreita e com dois postes, ela não vê outra alternativa a não ser ir pela rua.

— O pior são os motoristas buzinando. Não é que eu queira, mas não tem outro jeito — lamenta Daniele.

De acordo com a Secretaria municipal de Urbanismo, o alargamento das calçadas depende de novas construções. Já a Light informa que, por falta de espaço físico disponível, não há previsão de retirada ou realocação dos postes.

 

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