Só na Rua Conde de Bonfim a quadrilha mantinha 5 escritórios de agiotagem. Quadrilha continuava a cobrar a dívida mesmo depois de paga.

Por Eduardo Tchao – para o G1

No Rio de Janeiro, a polícia prendeu integrantes de uma das maiores quadrilhas de agiotas do país.

O chefe do grupo, Clenílson Gomes da Silva, foi preso no centro de Niterói. Ele já tinha sido condenado pelo mesmo crime em 2011, mas ganhou o direito a prisão domiciliar porque tem diabetes. Clenílson usava uma tornozeleira eletrônica, equipamento que serve para monitorar os detentos.

Ao todo, 20 pessoas foram presas. Os agentes apreenderam dinheiro, anotações das cobranças, celulares e facas.

Os investigadores disseram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros altos, sem aprovação de crédito. Em troca, as vítimas eram obrigadas a assinar notas promissórias. Como não havia comprovantes de pagamento, algum tempo depois, mesmo com a dívida paga, o grupo voltava a fazer cobranças e ameaças.

Este foi o caso de uma dona de casa, que fez um empréstimo há dois anos: “Paguei os R$ 2,2 mil que tinha pego e depois paguei de novo R$ 2,5 mil. Depois ainda me ligaram cobrando R$ 15,8 mil”, conta.

Só na rua Conde de Bonfim, uma das principais do bairro da Tijuca, a quadrilha mantinha cinco escritórios de agiotagem que, segundo a polícia, arrecadavam R$ 500 mil por mês.

  

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