Possível epidemia de Zika e Chikungunya preocupa o Prefeito.

Fonte por Cristina Boeckel para Jornal O Globo

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, visitou o Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel, na Zona Norte, na manhã desta terça-feira (10), e lembrou que a unidade é considerada referência no tratamento pediátrico. Durante a visita, Crivella afirmou que teme a sobrecarga da rede municipal de saúde com a crise pela qual o Estado do RJ. Ele acredita que o problema pode se agravar durante o verão, com uma possível epidemia de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Ainda assim, Crivella destacou que está conversando com o governador Luiz Fernando Pezao para minimizar o problema.

“Já me reuni com o Pezão sobre isso. Nosso secretário está em contato o tempo todo com o governo federal, com o poder estadual. Exatamente para que nesse momento do verão, da chikungunya, da Zika, da dengue, nós tenhamos uma atuação unida”, destacou Crivella.

Crivella conversou com a diretora Ariane Molinaro da unidade sobre o déficit de profissionais no local e das necessidades dos profissionais. Um dos projetos é a necessidade de equipar a equipe de enfermagem.

De acordo com a direção da unidade, atualmente existem 250 crianças aguardam cirurgias de várias especialidades. A maioria de baixa e média complexidade. A unidade atende dez mil pessoas por mês. Dos seis centros cirúrgicos, apenas quatro estão funcionando.

O secretário de saúde, Carlos Eduardo, que acompanhou Crivella, destacou que as doenças de verão são a maior preocupação da Prefeitura do Rio este momento, principalmente a proliferação da chikungunya.

“A maior ameaça agora é a Chikungunya, porque a população não possui anticorpos”, destacou o secretário.

Sobre a municipalização de hospitais e Upas, o secretário afirmou que a prefeitura ainda depende da questão financeira.

“Estamos estudando qual será i plano estratégico. Mas depende da questão financeira”, explicou Carlos Eduardo.

O prefeito reconheceu os problemas no Hospital Municipal Jesus e destacou que os cortes realizados em outros segmentos da administração municipal ajudará a resolver a questão.

“Está faltando quadro profissional. Técnicos de enfermagem e enfermeiros. Nosso secretário sai daqui consciente disso. Para isso, estamos fazendo cortes em outras áreas. Mil e duzentos cargos comissionados foram cortados”, explicou Crivella.

Ônibus

Crivella aproveitou a oportunidade para apoiar as declarações do vice-prefeito e secretário de transportes, Fernando Mac Dowell contra o reajuste da tarifa dos ônibus.

“Não é bom para a população e nem para as empresas. Eles vão aumentar e perder passageiros. A questão do ar condicionado está mais ligada ao ISS. As empresas de ônibus pagam um ISS muito menor do que os demais prestadores de serviço exatamente para que ocorresse a climatização, que não ocorreu. A procuradoria recebeu a decisão da justiça. Vamos nos reunir E verificar a posição da prefeitura”, contou Crivella.

IPTU

Crivella também destacou a necessidade de adequar os preços cobrado pelo IPTU em vários pontos do Rio. Ele citou como exemplo apartamentos na Avenida Vieira Souto que possuem IPTU de R$ 4 mil a R$ 6 mil, enquanto alguns apartamentos na Barra da Tijuca, longe da orla, possuem alíquota de até R$ 10 mil.

“Desde a posse dissemos que é preciso compatibilizar as alíquotas com os contribuintes. O que não significa que vamos aumentar o IPTU generalizadamente”, explicou Crivella.

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