Vacinação tem como alvo principal crianças de 1 ano a 4 anos e 11 meses de idade – Reprodução/Bom Dia Rio

Estado teve 14 casos confirmados de sarampo depois de 18 anos da doença erradicada.

Por Bom Dia Rio

Começa nesta segunda-feira (6) a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite. Este ano, o Rio já tem 14 casos confirmados de sarampo. Segundo o médico da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, o Rio não registrava caso de sarampo há 18 anos.

A campanha é voltada principalmente para crianças menores de 5 anos, que é o público de maior risco. Ou seja, crianças a partir de 1 ano até 4 anos e 11 meses de idade devem se vacinar. A vacine é contraindicada para bebês menores de 1 ano de idade e para mulheres grávidas.

Adultos ou crianças que não tenham o sistema vacinal completo também podem se vacinar, embora esse não seja o objetivo maior da campanha. Adolescentes e jovens que foram imunizadas quando eram crianças, antes dos 9 meses de idade, mas não tomaram as duas doses, devem verificar essa informação na caderneta de vacinação.

“Se esses jovens não têm na caderneta duas doses tomadas a partir de 1 ano de idade, eles estão com o esquema vacinal incompleto e devem receber uma outra dose. E dose tomada antes de 1 ano de idade não conta para o calendário vacinal”, explicou Chieppe.

Quem não tem mais a caderneta e não tem certeza se tomou as duas doses da vacina quando eram crianças devem procurar um posto de vacinação para tentar resgatar essa informação. Caso não consiga, essa pessoa pode tomar uma outra dose da vacina, que segundo o médico, é muito segura, que praticamente não tem efeito colateral.

Chieppe conta que dos 14 casos registrados no Rio, 12 estavam relacionados ao caso do primeiro caso, da estudante da UFRJ e a grande maioria foi de caso leve porque atingiu pessoas que já tinham sido vacinadas.

“Às vezes, mesmo vacinado a pessoa pega a doença, mas de forma muito branda, sem desenvolver formas graves do sarampo. O Rio não teve nenhum caso grave porque temos uma cobertura vacinal alta. E a campanha é justamente para poder garantir que esse público menor de 5 anos, público de maior risco de complicação da doença, esteja protegido e não tenha nenhum caso grave de sarampo no Rio de Janeiro”, disse o médico.

O médico frisa que mesmo que a criança – entre 1 e 4 anos – já tenha sido vacinada, mas os pais não lembrem, ela pode tomar a vacina novamente. O mesmo acontece com relação à vacina da poliomielite, sendo que se a criança nunca foi imunizada contra a pólio, tomará a vacina injetável em vez da gotinha.

“Na campanha da pólio, a criança só vai tomar a gotinha se já tiver tomado alguma dose antes”, disse Chieppe acrescentando que não importa a idade da criança para essa vacinação.

Quem tem mais de 49 anos de idade não tem mais necessidade de tomar a vacina porque provavelmente já teve algum contato com o vírus da doença e por isso, está imunizada. O mesmo vale para quem já teve a doença.

Não há indicação de dar reforço de vacina. Mas se a criança tem menos de 5 anos completos, mesmo com o esquema vacinal completo, deve tomar o reforço. Os postos de vacinação foram abastecidos com mais de um milhão de doses.