Marcelo Bello afirmou que diagnóstico costuma ser feito em outras unidades e que, uma vez no Inca, o atendimento leva até 30 dias.

Fonte por Bom Dia Rio

O diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirmou em entrevista ao Bom Dia Rio desta quarta-feira (15) que a unidade não está desassistindo os pacientes. Na segunda (13), a Defensoria Pública da União afirmou que vai entrar na justiça pedindo a contratação imediata de médicos para o Inca 3, localizado em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Uma vistoria constatou a falta de profissionais em diversos setores da unidade. Uma lei determina que o tempo máximo entre o diagnóstico e o início do tratamento deve ser de, no máximo, 60 dias, mas tem paciente que espera até quatro meses.

O diretor do Inca, Marcelo Bello, admite um “déficit de RH” e ressaltou que o tempo que demora é até as pessoas chegarem à instituição, já que o diagnóstico é feito em outras unidades da rede pública na maioria das vezes. E que, uma vez no Inca, o tempo para o começo do tratamento é de, no máximo, 30 dias.

“Os pacientes vêm de fora para tratar aqui. Essa confecção do diagnóstico e a chegada à unidade é que demora muito”, explicou o diretor do Inca.

Sobre o aparelho de radioterapia que está com defeito, Bello destacou que a máquina apresentou defeito após uma manutenção programada.

“Esse aparelho tinha uma manutenção programada para o mês de outubro, era uma previsão de 20 dias. Nós completamos todos os tratamentos, o aparelho foi parado para a manutenção. A regulação do Estado que é quem agenda os nossos pacientes até aqui dentro foi avisada. A agenda foi suspensa e redistribuída. No final da manutenção, o aparelho apresentou um defeito”, destacou o diretor, ressaltando que a expectativa é de que a máquina esteja em ordem até o fim da próxima semana.

Ainda assim, o Inca destaca que todos os pacientes que usariam a máquina estão sendo atendidos. Eles estão sendo encaminhados a um dos outros cinco aparelhos que pertencem à instituição.