Visto de cima. O matagal que toma conta do terreno na Heitor Beltrão – Foto de leitor / foto da leitora Carmen Carvalho

Alvo de queixas de moradores do entorno, propriedade do estado têm proliferação de vetores e muro condenado pela Defesa Civil

POR MAURÍCIO PEIXOTO Para O Globo

Em agosto do ano passado, Jornal publicou reportagem sobre o abandono de um terreno da empresa Riotrilhos, vinculada à Secretaria estadual de Transportes, na Rua Heitor Beltrão (faixa da Rua Marquês de Valença à Rua Visconde de Figueiredo), na Tijuca. Entre os problemas em decorrência do abandono estavam o mato alto e o lixo acumulado, com a consequente proliferação de vetores, e um muro com rachaduras (condenado, na época, pela Defesa Civil). Na ocasião, o mato chegou a ser cortado e o excesso de lixo retirado. Quase um ano depois, as queixas ressurgem. Moradores do entorno criticam o matagal volumoso e o muro danificado.

A aposentada Carmen Carvalho, há 37 anos moradora de um edifício ao lado, diz que o problema é histórico.

— Esse é um terreno que foi usado na época da construção do metrô para guardar o entulho da obra. Está abandonado desde sempre — conta ela. — Em respeito à vizinhança, eles têm que consertar o muro e fazer uma limpeza periódica. Caramujos africanos e insetos voltaram com toda força.

A Riotrilhos informou que, em virtude das dificuldades financeiras, a capina do terreno não tem sido feita com regularidade. No entanto, diz que há um esforço para que o serviço seja priorizado. Com relação ao muro, afirmou que desconhece a avaliação da Defesa Civil e que enviará uma equipe técnica ao local para vistoria.