Valdiza Souza foi enterrada no Cemitério do Catumbi. – Foto: Patrícia Teixeira/ G1

Gabriela da Costa se apresentou na Cidade da Polícia na companhia do advogado.

Por Henrique Coelho para G1 Rio

Gabriela da Costa Silva suspeita de matar Valdiza Souza em tentativa de assalto a uma papelaria da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi presa na manhã desta terça-feira (24), no Rio. Valdiza, de 59 anos, foi morta a tiros durante uma tentativa de assalto, na tarde de quarta-feira (18).

Segundo informações da DRFC, Gabriela se apresentou na Cidade da Polícia acompanhada de seu advogado, após buscas na comunidade onde ela estava escondida. A suspeita foi levada para Divisão de Homicídios (DH).

Contra Gabriela foi cumprido mandado de prisão, expedido pela Justiça, pelo crime de tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte – de um roubo a uma joalheria no dia 21 de agosto de 2017, e por integrar a quadrilha que tentou roubar a loja Kalunga e que resultou na morte de Valdiza.

Suspeita é presa e levada para Divisão de Homicídios. – Foto: Divulgação

Versões diferentes para troca de tiros

Testemunhas contaram que a tentativa de assalto teria sido do tipo “saidinha de banco” e que, ao ser abordada por assaltantes, Valdiza entrou na papelaria e foi atingida pelos disparos.

Eles também contaram que seguranças da papelaria, que fica na Rua Conde de Bonfim, teriam reagido ao ver o assalto, o que provocou uma troca de tiros com os suspeitos.

Um dia depois do assalto que matou Valdiza, uma unidade das Lojas Americanas na mesma rua foi assaltada. Os dois estabelecimentos ficam a cerca de 1,5 km de distância um do outro.

Segundo testemunhas, o criminoso estava vestido com uniforme da Comlurb quando assaltou a loja. Um outro homem dava cobertura na entrada.

O corpo da idosa foi enterrado no início da tarde de sexta-feira (20), no Cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio. Depois do enterro, Manoel de Souza, marido de Valdiza, fez um desabafo emocionado sobre a mulher e lamentou a falta de segurança no Rio.

“Era uma supermãe, os filhos são o que são porque ela lutou muito, só tenho a agradecer. Muito triste, essa nossa segurança está perdida, a gente vai para trabalho e não sabe se volta, ela tinha maior medo da violência e acaba acontecendo justamente com ela”.