Pessoas que estavam no Tijuca Tênis Clube e funcionários serão ouvidos nesta quinta.

Fonte por Henrique Coelho para G1 Rio

A polícia investiga se a morte de Caio Ottoni, de 13 anos, aconteceu por causas naturais ou se houve demora no socorro. O menino morreu na piscina do Tijuca Tênis Clube, nesta quarta-feira (25), durante um treino de natação. O clube informou que ele foi socorrido imediatamente depois de reclamar de um mal estar e sofrer uma convulsão e que, segundo o médico que o atendeu, o atleta sofreu uma parada cardíaca fulminante.

De acordo com o delegado titular da 19ª DP (Tijuca), Paulo Henrique da Silva Pinto, o corpo de Caio está no Instituto Médico Legal, onde será feito um laudo para determinar a causa da morte. Pessoas ligadas ao clube serão ouvidas já nesta quinta-feira (26) e familiares de Caio devem ser ouvidos nos próximos dias.

“O que se vai investigar é a real causa da morte e se houve alguma consequência de possível demora do atendimento, ou se foi alguma coisa mais imediata, mais súbita”, afirmou o delegado.

A delegacia vai verificar se havia atendimento médico adequado, guardião de piscina, desfibrilador, máscara de oxigênio, e demais condições de socorro aos frequentadores do local.

Clube diz que prestou atendimento imediato

O Jornal entrou em contato com o Tijuca Tênis Clube, que informou que o menor era atleta federado e foi socorrido imediatamente assim que começou a passar mal.

“O Caio é atleta federado desde 2015. Ele chegou para treinar por volta das 17h15 com todos os membros da equipe. Após o aquecimento, ele entrou na piscina e, em seguida, retornou para a borda e chamou o técnico dizendo que estava passando mal. Logo depois que sentou na borda da piscina, ele caiu e teve uma convulsão. Tinha uma médica nadando, uma sócia do clube, na raia ao lado e socorreu ele de imediato. A piscina fica perto do departamento médico, ao lado do vestiário”, contou o vice-presidente de comunicação do clube, Edvaldo Ramos.

Ainda de acordo com ele, o médico do clube que atendeu Caio afirmou que o menino teve uma parada cardíaca fulminente. O clube ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que vai atestar a causa da morte do atleta.

‘Menino alegre e comunicativo’
Liane Leal, coordenadora da escola onde a vítima estudava, disse que Caio era um menino querido, muito bom aluno, com a família muito participativa. Segundo ela, o colégio nunca foi informado se o aluno teria problemas de saúde grave.

“A imagem dele que fica é a imagem de um menino alegre, muito comunicativo. E aí aconteceu essa tragédia. Os amigos dele estão arrasados”, lamentou Liane.