Monitores do Parque Nacional da Tijuca fazem ação de manejo em trilha – Divulgação/Parque Nacional da Tijuca

Local tem ações de manejo nos acessos a vários pontos

Por Maurício Peixoto para O Globo

Mudanças implementadas desde meados do ano passado fazem do Parque Nacional da Tijuca (PNT) um ponto turístico mais seguro e agradável. A unidade é alvo de ações de manejo em suas trilhas mais frequentadas. Além disso, foram abertos e sinalizados novos pontos para banho dentro do parque.

A trilha que leva ao Pico da Tïjuca passou por várias intervenções. Entre elas, o fechamento de atalhos, a instalação de novas placas, a retirada de pedras e degraus que estavam atrapalhando a caminhada, o plantio em partes que estavam sofrendo erosão e a instalação de drenos para a coleta de água.

— O fechamento dos atalhos é de extrema importância. Muitos deles levam ao caminho da Serra dos Pretos-Forros, onde não é permitida a entrada. Sendo assim, o visitante pode acabar se perdendo e fica mais difícil encontrá-lo. A colocação de drenos é outro grande benefício para fazer a água escoar de forma correta. A água é o principal vilão da erosão que se dá nas trilhas — explica Carlos Alberto Pereira, supervisor da área florestal do parque.

Segundo Pereira, após as intervenções, a caminhada tornou-se mais suave e a subida agora pode ser feita em 50 minutos (antes durava cerca de uma hora e meia). A ação de manejo começou no início de 2016, mas demorou devido ao número baixo de monitores (cerca de 30), além de empecilhos relacionados às intempéries e a outras demandas emergenciais.

Atualmente, a equipe trabalha em outra trilha bastante frequentada, a que dá acesso ao Pico do Bico do Papagaio. Entre as ações estão as mesmas realizadas no Pico da Tijuca. Destaque para a construção de uma escada na parte de cima da trilha, que permite a chegada ao cume com mais facilidade. Uma outra ação em andamento é a recuperação de plantio no Morro do Taunay.

— É importante ressaltar que os voluntários do parque ajudaram muito nos mutirões. Sem o apoio deles, as ações ficariam complicadas. Os visitantes têm elogiado bastante o trabalho, afirmando que as trilhas estão mais suaves e seguras. Até a manutenção ficou mais prática — afirma Pereira.

Dono de um potencial hídrico grande, o PNT vivia sendo alvo de queixas dos visitantes devido à pouca oferta de cachoeiras apropriadas para banho. Até então, a Cachoeira das Almas era a única opção. Por isso, a direção do parque decidiu criar novas possibilidades e liberou a Cascata Gabriela (nos fundos do Restaurante Esquilo), a Cascata Baronesa (na saída do Circuito das Grutas) e o Poço da Cascatinha (na confluência da Cascatinha Taunay).

— Fizemos o desassoreamento da Cascata Gabriela. A Baronesa era um barranco, onde fizemos uma escada de madeira com 40 degraus. Ampliamos as opções para o visitante se refrescar, e a resposta tem sido boa — finaliza Pereira.