Jaime Miranda (da Associação Comercial da Tijuca), Mário Batalha (morador do entorno há 27 anos) e Marco Cerva (representante da Igreja Batista Itacuruçá) com o pedido de adoção encaminhado à Prefeitura. – Foto: Emily Almeida / Agência O Globo

Segundo eles, falta vida e ocupação à Praça Barão de Corumbá, o que acaba gerando sensação de insegurança na localidade

O Globo

Um grupo de moradores do entorno da Praça Barão de Corumbá, na Tijuca, sempre se encontrava nas reuniões do conselho comunitário de segurança da região para debater a questão do policiamento ostensivo na área, que tem sido alvo constante de criminosos. Um dos temas abordados foi o esvaziamento da praça, que eles julgavam sem vida; nunca tinha atrações, e isso facilitava a ação de bandidos e de usuários de drogas.

Buscando a ocupação e a revitalização do local, o grupo, representado pela Associação Comercial da Tijuca (Acit) e pela Igreja Batista Itacuruçá, enviou no início de setembro um ofício à Fundação Parques e Jardins para a adoção da Praça Barão de Corumbá, num projeto de parceria público-privada.

Entre as intervenções propostas pelo grupo estão a necessidade de se refazer a calçada do entorno, que está com trechos danificados; revitalizar o paisagismo e os canteiros; implantar nova iluminação; instalar aparelhos de ginástica; e aproveitar melhor os espaços da área de lazer, já que os canteiros ocupam uma área extensa.

— Os canteiros precisam de mais flores. Também é necessário trazer algo como aparelhos de ginástica, que atraiam a atenção das pessoas, para que elas tomem o espaço para si. É preciso ainda mais iluminação e espaço, para que as crianças possam correr ou jogar bola — lista Jaime Miranda, presidente da Acit.

Processo em tramitação

Representante da Igreja Batista Itacuruçá, que está no local desde 1936, Marco Cerva diz que se o projeto seguir adiante será um ganho para a região.

— Sem dúvida, agregaria mais valor a esse pedaço da Tijuca. Se você perguntar a tijucanos que não sejam dessa região se eles conhecem a Praça Barão de Corumbá, poucos saberão de sua existência — diz Cerva, explicando como se daria a parceria com o poder público. — A prefeitura entraria com a elaboração do projeto, que seria feito por seus arquitetos; com os aparelhos de ginástica; com a iluminação e com a doação de mudas. O trabalho de manutenção ficaria a nosso cargo.

Sem dar prazos, a Fundação Parques e Jardins informou que o processo está em tramitação, cabendo ainda realização de vistoria e, em seguida, a elaboração do projeto. Pela ocupação da Praça Barão de Corumbá.