São sete histórias reais e fictícias em contextos de guerras contemporâneas no mundo, em uma montagem ousada, dinâmica e visceral, traduzindo em total perplexidade em sons, atos e movimentos.

O espetáculo fica em cartaz todas às sextas, sábados e domingos até 18 de novembro.

Música, contação e jogo se unem no palco e dão vida ao espetáculo “Esperança na Revolta”, que estreia sexta-feira (2), às 19 horas, no Sesc Tijuca. Abordando a guerra sob vários aspectos e diferentes pontos de vista, em diversos contextos mundiais, o que está em jogo é o ser humano diante da violência de seu tempo e como ele reage e sobrevive a isso. São sete histórias reais e fictícias em contextos de guerras contemporâneas no mundo, em uma montagem ousada, dinâmica e visceral, traduzindo em total perplexidade em sons, atos e movimentos.

Liberdade? Amor? Sobrevivência. As histórias são contadas pelos atores Alex Nanin, Cláudia Barbot, Cátia Costa, Tarso Gentil, Daniel Vargas, Lívia Prado, Nádia Bittencourt, Beà, Reinaldo Junior, com objetivo de mostrar como a violência atinge a todos, mesmo em diferentes escalas e que a única certeza é que não há vencedores, mas para alguns ainda resta alguma esperança. A partir de diversos personagens, esses atores cantam, contam, jogam, dançam, tocam e vivem histórias de guerra.

O olhar em direção à esfera mundial responde questões levantadas pelo capitalismo e pela globalização, em que migração, genocídio contra minorias, individualismo, cultura de consumo, manipulação midiática e tentativas de hegemonia são realidades efetivas. A peça mostra a perplexidade diante os interesses dos que promovem as guerras, traduzindo cenicamente, em atos, sons e movimentos. A música é mais do que um elemento presente, é uma personagem que é executada ao vivo, guiando cada trama e seu contexto.

A peça é do coletivo artístico Confraria do Impossível e o ineditismo da montagem se faz como um projeto de resistência. Totalmente idealizado, produzido, liderado por uma equipe negra. A soma do texto e direção de André Lemos, a direção artística geral de Hilton Cobra, o Cobrinha da Cia dos Comuns, a supervisão cênica de  Vilma Melo (primeira atriz negra a ganhar o prêmio Shell) e supervisão dramatúrgica de Rodrigo França, (dramaturgo e ator premiado), resultam em um espetáculo potente que se propõe a ser um marco na história do teatro negro do país.

“O estado de guerra, independente do lugar ou da cultura sempre se encontra vivo, principalmente em nós, negros e favelados. Em alguns momentos e lugares mais críticos, em outros apenas em destroços ou lembranças. Uma identidade humana sem fronteiras. A principal resistência que se faz nesse projeto é uma montagem totalmente idealizada por negros, que se propõem a universalizar o corpo e as ideias de pessoas negras em qualquer dramaturgia ou personagem rompendo com todo e qualquer tipo de estereótipo”, destaca o diretor André Lemos .

O espetáculo fica em cartaz às sextas, sábados e domingos, sempre às 19 horas, no Sesc Tijuca, localizado na  Rua Barão de Mesquita, número 539, Andaraí, Rio de Janeiro.


Serviço:
Sesc Tijuca – Teatro II
De 02 a 18 de novembro
Rua Barão de Mesquita, 539 – Andaraí
Sextas, Sábados e Domingos às 19:00
R$ 30,00 (Inteira) – R$ 15,00 (meia) – R$ 7,50 (Associados Sesc)

Ficha Técnica
Concepção E Dramaturgia: Confraria Do Impossível
Supervisão Geral: Hilton Cobra
Supervisão Cênica: Vilma Melo
Supervisão Dramatúrgica: Rodrigo França
Texto E Direção: André Lemos
Elenco: Alex Nanin, Beà, Cátia Costa, Cláudia Barbot, Daniel Vargas, Lívia Prado, Nádia Bittencourt. Reinaldo Junior E Tarso Gentil
Direção De Movimento E Preparação Corporal: Cátia Costa E Reinaldo Júnior
Direção Musical:  Béa E André Lemos
Audiovisual: Rizza Habitá
Assistentes De Direção: Camila Barra E Médrick Varieux
Projeto De Luz: Rommel Equer
Músicas: Anarcofunk E Confraria Do Impossível
Arranjos E Pesquisa Musical: Béa
Stand-Ins: Tati Vilela E Wayne Marinho
Cenário: Tarso Gentil
Figurinos: Confraria Do Impossível E Caju Bezerra
Acessórios: Rubens Barbot
Orientação Teórica: Simone Kalil
Design Gráfico: Maria Júlia Ferreira
Operador de Luz: Beto Correa
Operador De Som E Audiovisual: Rizza Habitá
Produção Executiva: Tati Vilella
Supervisão De Produção: Paulo Mattos
Direção De Produção: Confraria do Impossível
Realização: Confraria do impossível e Terreiro Contemporâneo
Colaboração Artística: Camila Barra, Ana Barbara Vila Nova, Lu Lopes, Thiago Vianna, João Nazaré, Robson Freire, Marlúcia Fernandes, Diego de Abreu, Patrícia Ubeda, Marcos Marján, Amanda Palma, Marcela Gobatti e Graciana Valadares.