A Amgra pediu inspeções à Comlurb e ao Jardim Botânico: árvores não podem ser cortadas – Agência O Globo / Hermes de Paula/23-11-2017

Associação de moradores também reclama de pouca inspeção e replantio, além de infestações

Por O Globo

Um dos bairros mais arborizados do Rio, cercado de frondosas árvores, o Grajaú sofre com a falta de poda e o descaso com seus vegetais, muitos deles centenários. As árvores estão sem poda ou tratamento contra infestações e fitoparasitas, com destaque para as tamarineiras dos canteiros centrais, protegidas de corte e remoção.

— Em 25 de abril enviamos um ofício à prefeitura, detalhando as árvores que precisavam de poda urgente. Muitas ameaçam tombar. Também falamos sobre as árvores que precisam de análise, seja para início de tratamento ou remoção. Não tivemos retorno — afirma Fernando Silva, secretário da Associação de Moradores do Grajaú (Amgra), acrescentando que falta seriedade no serviço de poda.

— Não são podas conscientes. A Light vem quando a folhagem invade a fiação, e, quando não, quem vem é a Comlurb. Além disso, as árvores crescem de maneira irregular, com a copa disforme, sem acompanhamento devido de engenheiros florestais.

A Amgra fez levantamento de outros trechos onde houve retirada de árvores ou elas sofreram quedas naturais, precisando de replantio. A ideia da associação é plantar nesses locais ipês, que embelezam o cenário e não têm raízes robustas o suficiente para destruir as calçadas. Para isso, a Amgra pediu ajuda à prefeitura, que doou três mudas, e ao Jardim Botânico do Rio, que prometeu doar dez mudas. Uma delas foi plantada na Praça Edmundo Rêgo, há dois meses.

— Pedimos que fizessem uma verificação nas tamarineiras, que estão muito mal cuidadas — afirma Nice Carvalho, presidente da Amgra.

A Light informa que está desenvolvendo um projeto-piloto no Grajaú com a participação da Comlurb e da Fundação Parques e Jardins, para avaliar as oportunidades de atuação conjunta dos três órgãos.