Espetáculo estreia no Sesc Tijuca 40 anos depois de ter sido escrito por Julio Cortázar.

Fonte por Helena Garrido para Manchete Online

“Adeus, Robinson” estreia no Sesc Tijuca 40 anos depois de ter sido escrito por Julio Cortázar. É a segunda vez que Diogo Villa Maior assina a direção de um texto do autor argentino. Em 2015, ele montou “Cronópio: as aventuras de um herói desajustado”, uma adaptação infanto-juvenil do clássico “Histórias de Cronópios e de Famas”. “Cortázar é viciante”, explica Villa Maior. “Seus diálogos diretos e cortantes ironizam a falência do mundo contemporâneo.”

Em “Adeus, Robinson” Cortázar faz uma releitura do livro “As aventuras de Robinson Crusoé”, de Daniel Defoe. Se na obra original o personagem título encontra-se perdido em uma ilha deserta, na narrativa de Cortázar Crusoé retorna a ilha 30 anos depois de ter sido resgatado e se depara com uma ilha completamente urbanizada e superpovoada. Acompanhado de Sexta-feira, o canibal que civilizou e transformou em seu criado, Robinson fica estarrecido ao perceber que os civilizados, embora aos milhões, estão mais sós do que ele próprio quando náufrago.

Em cena, Helder Agostini e Hugo Camizão vivem Crusoé e nativo Sexta-feira. Enquanto Robinson é proibido de circular pela cidade por questões de segurança de estado, Sexta-feira vive um reencontro com seu povo. No cenário, cinco malas e diversas projeções dão vida à ilha de João da Silva. “Encontramos uma forma de reforçar a angústia e o sufoco que Robinson sente por estar o tempo inteiro em lugares fechados, vendo o mundo só pela janela, impedido de andar pelas ruas”, explica Villa Maior.

Serviço:

“Adeus, Robinson”

Sinopse | O clássico personagem Robinson Crusoé retorna à ilha deserta onde ficou perdido durante anos. Mas agora ela é uma cidade grande, superpovoada e urbanizada.

Sesc Tijuca – Teatro 2
Rua Barão de Mesquita, 539 – Tijuca
De 09 de junho a 25 de junho
Sexta a domingo às 19h
R$ 25,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia-entrada)
Tel: (21) 3238-2139
Duração: 55 minutos
Classificação 12 anos

Ficha técnica
Texto original: Julio Cortázar
Direção geral: Diogo Villa Maior
Elenco: Helder Agostini e Hugo Camizão
Direção de arte: Fabiana Mimura
Iluminação: Rafael Turatti
Trilha sonora: Felipe Tupinambá

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